quinta-feira, 21 de julho de 2011

Chora-chuva-preto (Monasa nigrifrons)

Foto: Felipe Moreira
Local: Silvânia-Go

O chora-chuva-preto é uma ave da ordem dos Galbuliformes, da família Bucconidae. Mede cerca de 27,5 centímetros de comprimento. Maior espécie da família, tendo o porte de um sabiá grande. Uniformemente cinza-escuro, com rêmiges e retrizes negras e bico encarnado ou vermelho-tijolo. Imaturo com fronte e mentos pardos, enquanto o bico pode ser enegrecido. Também é conhecido como tanguru-pará, tamurupará e bico-de-brasa.

Alimenta-se de insetos e pequenos artrópodes, além de alguns pequenos vertebrados. Pousa em ramos horizontais por alguns instantes, logo voando até a folhagem ou o chão, ocasionalmente capturando insetos em pleno voo. Segue grupos de macacos nas copas e formigas de correição para alimentar-se dos insetos espantados por estes.

Faz ninho em buracos compridos, escavados em barrancos ou no chão. Põe 3 ovos brancos e brilhantes.

Foto: Felipe Moreira
Local: Pirenópolis-Go

É comum nas bordas de florestas altas de terra firme e de várzea, capoeiras altas e palmeirais. Vive solitário, aos pares ou em pequenos grupos, desde o sub-bosque até a copa. É mais ativo que os demais membros da família, trocando de poleiro com freqüência. Ao final da tarde, alguns indivíduos pousam lado a lado para cantar juntos, fazendo bastante barulho. Voz: Cheia e suave, “küö” ( chamada ); estrofe prolongada, de assobios compostos e melodiosos, finalmente acelerada e crescente, p. ex. “hülö…türr-türr”, emitido por um grupo de indivíduos de ambos os sexos pousados, às vezes, em um mesmo galho, um perto do outro, e movendo a cauda lentamente em círculos ou em “movimento de remar” ou, ainda, simplesmente elevando-a e abaixando-a. Cantam em grupos ao anoitecer ou aos casais em dueto.

Ocorre em toda a Amazônia brasileira e do Piauí aos estados do Centro-oeste, Minas Gerais e oeste de São Paulo. Encontrado também da Colômbia e Equador à Bolívia. Uma pequena população ainda resiste no centro de Pernambuco.